domingo, 17 de março de 2024

TIREM A MOEDA DO PEIXE E NÃO DA IGREJA E NEM DAS PESSOAS



Por Labieno Palmeira
“Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: não paga o vosso mestre as duas dracmas? Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos. Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti. Mt 17:24-27.

Tenho meditado nesta passagem ultimamente, e, confesso, me surpreendi com o fato de que este texto está carregado de lições oportunas para o momento missionário que vivemos nos dias atuais.
Jesus e Pedro ao entrarem em Cafarnaum são cobrados a pagarem uma taxa de um imposto local, um imposto regional. Este imposto era para ser pago pelos estrangeiros, pessoas não pertencentes àquela cidade.
O interessante é que foi exatamente Pedro quem foi abordado pelos cobradores. Pedro respondeu positivamente aos cobradores dizendo que Jesus era responsável e iria sim arcar com as exigências da lei.
Só que antes mesmo de Pedro conversar com Jesus sobre este assunto, o próprio Cristo, surpreende a Pedro fazendo a este um questionamento. Jesus argui Pedro, indagando-o: “ os reis das nações cobram impostos dos filhos do reino ou dos estrangeiros?”. A resposta do discípulo foi: “ dos estrangeiros!”. A fala de Jesus então foi: “ chegará o dia em que eles (o povo eleito) não precisarão pagar tais impostos e nem qualquer outra taxa ou divida, eles ainda eram estrangeiros não só em Cafarnaum como também no reino deste mundo”.
Nesta caminhada sobre a terra é necessário pagar impostos e taxas para se caminhar, entrar e sair de cidades, trabalhar e servir pessoas. É preciso pagar para servir! É preciso pagar para abençoar! É preciso pagar para andar sobre a terra dos viventes! É preciso pagar para missionar! É preciso pagar para ser regente sobre a terra e dominar sobre as áreas de domínios que Deus entregou aos regentes do reino aqui na terra.
Nesta história factual do evangelho, Cristo não orientou Pedro a ir até o templo pedir o valor necessário para se pagar o imposto. Embora Jesus tinha um grupo de mulheres que o ajudava com seus bens, e, embora Judas Escariotes fosse o tesoureiro do quadro apostólico que andava com Jesus, nesta hora, Jesus não se utilizou de nenhum destes possíveis recursos para se levantar o valor necessário para suprir aquela necessidade.
O filho de Deus mandou o pescador Pedro PESCAR, dizendo a Pedro que o imposto seria pago com o primeiro peixe que fosse fisgado. Um pescador, um peixe fisgado, um problema resolvido! Devido a isso, jesus pôde entrar na cidade de Cafarnaum e o Evangelho teve continuidade.
Que benção! Este texto nos ensina a: (1) esperarmos o livramento e a solução por meio das pessoas certas, (2) utilizarmos os instrumentos apropriados, mesmo que sejam estes os mais absurdos possíveis (3) buscarmos estratégias adequadas, (4) o pagamento beneficia a pluralidade.

(1) esperarmos o livramento e a solução por meio das pessoas certas: Jesus se utilizou de Pedro, pescador, bom em fisgar peixe. É preciso entender que no reino de Deus sempre estamos interagindo com pessoas ao nosso derredor que possuem atribuições e qualificações que podem muito bem serem as ferramentas necessárias para o livramento de problemas que enfrentamos. Precisamos conhecer quem anda com a gente e respeitar suas qualificações. Pedro fez o que sabia fazer! Pedro pescou, apenas isso! Só que ele pescou porque Jesus o mandou pescar! Ele não pescou porque quis pescar, desta vez ele foi pescar porque Jesus quis que ele fizesse isso. Pedro não foi pescar muitos peixes, mas apenas um peixe. Talvez nós daríamos a Pedro uma ordem para se pegar muitos peixes afim de vende-los para que se reunisse as dracmas necessárias para a quitação do imposto. A igreja de hoje acha muito mais “correto” teologicamente lidar com muitos peixes para “negociar” a sua divida para com a cidade e a sociedade do que depender da fé e arriscar tudo para fisgar um peixe apenas e resolver tudo com este único peixe. As soluções dos problemas começam com gente. Achar a pessoa certa já é uma grande garantia de que o problema poderá ser resolvido. A tendência humana é querer focar na moeda dentro do peixe. Mas o primeiro foco deve ser colocado no pescador que fisga bem o peixe. O peixe poderia muito bem ter engolido a moeda que deve ter caído de algum barco, ou de algum navio que naufragou. Não se pode saber como a moeda foi parar no ventre do peixe, podendo ser até um milagre sobrenatural, onde Cristo fez pela sua palavra surgir do nada aquela moeda nas entranhas do peixe. Foque na pessoa certa e não no peixe! A pessoa certa ouve a “palavra” certa, pois Pedro creu na Palavra certa recebida de Jesus o seu Mestre. Pessoas que andam ao nosso lado que creem na Palavra certa recebida de Jesus, são pessoas que merecem o nosso foco. Há pessoas andando conosco que creem na Palavra do Senhor e são estas pessoas que precisam receber nosso foco e atenção. Pessoas certas com a PALAVRA certa fazem o que é certo! OBEDECEM por fé! A igreja precisa focar estas pessoas e investirem nelas para solucionarem os problemas comunitários e societários. Antes de se ter UM PEIXE foi necessário se ter UM PEDRO!
(2) utilizarmos os instrumentos apropriados, mesmo que sejam estes os mais absurdos possíveis:
Pagar imposto é algo normal e cotidiano! Viver se responsabilizando com o intuito de sempre se ter o recurso certo, na quantidade certa para no dia certo efetuar o pagamento do imposto, é algo com que todos procuram se ocupar em suas vidas. Cafarnaum fica próximo ao mar da galileia, portanto, uma cidade com vida pesqueira. Jesus se utiliza disso! Jesus aproveita o contexto da cidade, aproveita o potencial das pessoas que andam com ele. Que maravilha! Grandes lições missiológicas! Jesus, como sendo o segundo Adão, foi regente ao lidar com a questão do tributo. O regente reina e domina sobre tudo aquilo que Deus criou afim de fazer com que tudo aquilo que foi criado produza glória a Deus. O peixe vendido produz dinheiro, esta é a lógica do senso comum. Jesus faz o peixe trazer o dinheiro! Ele muda a ordem normal do processo. No reino de Deus precisamos estar preparados para sairmos da ordem normal dos processos que podem trazer soluções aos problemas. É preciso aproveitar as pessoas certas, se utilizar dos contextos das cidades, mas, ao mesmo tempo, se faz necessário estar aberto às possibilidades de agir com poder e domínio no processo que foge ao controle do senso comum. A igreja precisa equilibrar a logica com a não lógica. Os regentes do reino de Deus aqui na terra precisam equalizar a razão com a fé no sobrenatural. Lembrando que na dimensão do reino de Deus não existe normal e anormal, racional e irracional, natural e sobrenatural, espiritual e material, temporal e atemporal. Este é o principal desafio para os regentes, o de enxergar o reino sem limites, sem fronteiras, sem vida cíclica (repetitiva) e sem vida linear (passado, presente e futuro). Jesus ensina a Pedro e a nós que na hora de se pagar um imposto, podemos buscar recursos respeitando alguns princípios (mencionados no ponto numero 1 deste artigo), mas precisamos nos abrir para a possibilidade de mover a natureza para participar do processo. Afinal, o regente desde o inicio (Genesis 1,2 e 3), recebeu a credencial para dominar todos os reinos (por exemplo: reino vegetal, reino animal, reino material, reino espiritual).
(3) buscarmos estratégias adequadas:
Parece que hoje em dia é como na época de Jesus, continua sendo muito mais fácil esperar os recursos e as moedas oriundos dos peixes do que das igrejas ou das pessoas. Quem precisa de duas dracmas para pagar o imposto precisa crer que será mais fácil esperar a saída vinda dos peixes do que dos religiosos e da própria religião. Aliás, os comentaristas bíblicos sugerem que o imposto cobrado em Cafarnaum era o mesmo imposto para o templo (imposto religioso) mencionado em Êxodo 30:13 (siclo do Santuário). Os religiosos cobravam impostos, pois além do dizimo regular, as pessoas precisavam pagar impostos extras, como este cobrado em Cafarnaum. Seria completamente impossível esperar que o dinheiro para pagar o imposto viesse do templo pois era o próprio templo que cobrava tal imposto. Hoje não é diferente! Os templos pagam seus impostos (agua, luz, telefone, etc). Para isso, recebem dos membros das igrejas os dízimos, ofertas, donativos, campanhas, conferencias, shows, etc. A questão aqui não é essa. Jesus peregrinava com seus discípulos pregando o evangelho do reino e ensinando nas sinagogas e em diferentes lugares. Jesus (como segundo Adão estava regendo nas missões que ele recebera do Pai, para dominar e sujeitar tudo o que Deus criou), ele e seus discípulos estavam cumprindo as missões. E como missionários (Jesus e os seus discípulos), precisavam de recursos para expandirem o reino de Deus. E, como filhos do reino, como agentes do reino, não deveriam pagar impostos, pois os impostos só deveriam ser cobrados dos estrangeiros, daqueles que não eram do reino, (isto ficou claro no texto de Mateus no titulo deste artigo), mas Jesus, decidiu pagar o imposto para não causar escândalo aos líderes religiosos. Jesus decidiu exceder no dar e no prestar contas para não escandalizar! Cumprir as missões no reino é mais importante do que pagar ou não pagar impostos! Se é necessário pagar para não escandalizar os que cobram, então que se pague! Afinal o que se ganha com a pregação do evangelho do reino é muito maior do que com aquilo que se paga de imposto religioso. Em outras palavras: se para fazer missões é necessário se submeter aos altos custos que as igrejas exigem daqueles que pregam o evangelho do reino, então, que se submetam aqueles que fazem missões, que se submetam às exigências dos religiosos que cobram destes que são os regentes missionários.
(4) o pagamento beneficia a pluralidade:
Jesus disse: entrega por mim e por ti.
Benção!
Regente não subjuga gente, não explora o próximo.
Regente no reino de Deus busca pra si e para o semelhante. Compartilha o que ganha com o próximo. Regente não retém o que recebe, ao contrário, ele é pródigo no dar e no abençoar. Jesus mostrou o tempo todo nos evangelhos que um peixe ou poucos peixes e poucos pães são suficientes para alimentar multidões. Agora ele, Jesus, novamente repete o ensino dizendo que um peixe com um estáter dentro dele é suficiente para Ele e para o irmão. A cristandade da nossa geração está acostumada com grandes recursos e grandes quantidades de pessoas, em grandes ajuntamentos para justificar um grande Deus e uma grande obra. Incrivelmente existem pessoas e igrejas com muitos recursos financeiros e humanos fazendo muito pouco pela causa social e pelo trabalho missionário integral, isto em proporção a algumas pessoas e igrejas que não possuem tantos recursos humanos ou financeiros mas que, a bem da verdade, estão fazendo muito mais, e com um trabalho muito mais profundo e relevante. Poucas pessoas ou igrejas com pouco recurso fazem muito mais no reino e para o reino! No reino de Deus o importante não é a quantidade dos recursos, o que verdadeiramente importa é a motivação, o foco (que deve sempre ser a glória, como o apóstolo Paulo diz: quer comais, bebais ou façais qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus). Quando pagamos nossos impostos deveríamos pensar no próximo também. Se você tem suas dracmas para pagar seus impostos deveria se importar com o irmão que não tem para pagar o imposto dele também. Ainda mais quando este irmão está contigo no mesmo ministério e na mesma causa. Pedro estava com Jesus, largou tudo para andar com Jesus. Portanto, Jesus busca o recurso suficiente para suprir as suas necessidades como também as de Pedro.
Tem cristãos com recursos suficientes para pagar os seus impostos e até para pagar os impostos de outros irmãos que estão na mesma causa em que eles estão, mas não movem nada para que os outros tenham alivio. Tem cristãos pagando somente os seus impostos! E louvam a Deus porque foram agraciados com os recursos para pagarem os seus impostos e ainda sobraram recursos. Esquecendo eles que ao lado deles, bem próximos deles, existem irmãos e famílias inteiras sofrendo com a falta de recursos para entrarem em suas Cafarnauns, para continuarem as missões que receberam de Deus como regentes no Seu reino.
Jesus nos ensina que quando fazemos as missões no reino de Deus, precisamos ser ousados na fé e na busca de recursos, e isso, para nós e para o próximo que caminha conosco na mesma missão. Quem caminha junto na missão socorre um ao outro sempre! Missionário investe em missionário! Regentes missionários socorrem Regentes missionários!

CONCLUSÃO:

Chegam momentos na vida cristã e missionária que pensamos que existem mais moedas (recursos) nos peixes do que na igreja e nas pessoas. A grande inclinação dos missionários é ficar esperando os recursos virem das igrejas (instituições) e das pessoas (crentes), este texto, nos exorta a dependermos da direção de Deus. Os recursos virão sempre da Palavra dada e orientada do Senhor Jesus. Devemos confiar unicamente na Palavra que vem da boca dele dizendo a nós aonde devemos buscar os recursos. A Palavra dele poderá nos orientar a buscar os recursos em alguma igreja Instituição ou denominação, ou ainda, a Palavra do Senhor poderá nos conduzir a algum homem cristão, ou a alguma mulher cristã, mas, devemos nos abrir para as possibilidades absurdas de que a Palavra de Deus nos direcione aos peixes. O importante é a continuidade da missão e das missões. Quando a igreja instituição retém o estáter, Deus utiliza os peixes. Quando as pessoas que possuem recursos interrompem a contribuição, por discernirem ser justo ou não investirem, Deus manda alguém que entende de peixe fisgar um peixe apenas para que a missão continue.
Louvado seja Deus, porque estamos aprendendo na multiforme sabedoria de Deus a dar continuidade a obra missionária mundial, com poucos recursos, e oriundos de igrejas, de pessoas e de peixes. A missão continua! Entremos em nossa Cafarnaum! Valeu Pedro! Obrigado Senhor pelo Peixinho que engoliu o estater e deu continuidade à missão! Os homens andam na terra e os peixes nadam nos rios e mares e tudo isso para o louvor da sua glória! Com homens na terra e peixes nas aguas Deus faz as missões acontecerem no seu Reino! Que projeto maravilhoso! Deus nos abençoe!

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

PRA ONDE A TEOLOGIA ESTÁ TE LEVANDO?!

por Pedro Lucas Dulci

Existem muitas pessoas enganadas com o estudo teológico.

A teologia não é um trabalho das oito às dezoito. Nem é uma profissão com plano de carreira.

Conhecer e falar verdadeiramente de Deus é uma vocação que requer mais do que qualificações acadêmicas ou profissionais.

Infelizmente, quando pensamos em teólogos, a imagem que deve vir em nossas cabeças é a do professor com óculos e mochila cheia de livros.

O padrão de teólogos do Novo Testamento é bem diferente. São os discípulos que largaram tudo para seguir a Jesus.

Tornar-se um teólogo significa seguir a Palavra de Deus para onde quer que ela nos leve - com todo o coração e força.

Me conte aqui, para onde a Palavra já levou você?! O que você precisou largar para trás para conhecer a Deus e seguir a Cristo?! Para onde você está indo?!

fonte: https://www.instagram.com/p/B2r_k1UDGN2/?utm_source=ig_web_button_share_sheet

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Projeto Missionário Conecta Sertão 2019.

 Projeto Missionário -

 Conecta Sertão 2019.



“...Deixai vir a mim os pequeninos...”

Entre os dias 31 de junho e 14 de julho o Ministério de Missão da Sal da Terra da 90 em Goiânia-GO, realizou sua 2ª viagem missionária para o Sertão do País; e dessa vez o destino foi a pequena Monteirópolis-AL (que fica a 200 km de Maceió-AL), cujo trabalho Evangelístico foi desenvolvido em um bairro periférico da localidade nominado de “Cohab”.
Foram 28 participantes de três Igrejas participantes: Sal Terra da 90, Sal da Terra FinSocial e Sal da Terra Jardim Curitiba 4.


Nossa viagem foi marcada pela presença das crianças desde o início, com o envio de três crianças missionárias com a equipe. E outro fato marcante foi que desde a chegada até nossa despedida, as Crianças da comunidade estiveram presentes e participativas. Essa foi sem dúvida a marca desse Conecta “a presença dos pequeninos”.


A intensa participação das crianças batizou nossa equipe numa experiência que a passagem do Evangelho de Lucas 18:15-17 explica: “Traziam-lhe também as crianças, para que as tocasse; e os discípulos, vendo, os repreendiam. Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele.”



Conhecemos Crianças simples que vivem com muito pouco, muitas sem a presença dos pais como precisam; várias delas à mercê da violência, criminalidade, promiscuidade e drogas. Meninos e Meninas de pés descalços, órfãos de pais vivos, e que tem como quintal ou playground, a rua. Lá o pique-esconde é a noite; o futebol é na rua de terra; o estilingue (ou baladeira na linguagem local) é companheiro presente; as meninas quase não têm boneca e as poucas que tem estão bem surradas.
Comum lá ver as crianças mais velhas cuidar dos irmãos(ãs) pequenos(as), enquanto quase sempre a mãe trabalha o dia todo fora. Mesmo com toda essa situação e condições difíceis encontramos meninos e meninas alegres, felizes e dispostos a brincar, abraçar, amar e fazer amigos.
Cerca de 300 crianças participaram das nossas Ações Evangelísticas (Escola Bíblica de Férias). Mais de 200 casas foram visitadas e receberam o plano de salvação. Algumas dezenas de jovens e adultos se entregaram ao Senhor, fruto do evangelismo. Fizemos intervenção numa Escola Municipal da cidade e visitamos uma comunidade Quilombola. E tivemos o prazer de promover um “Dia de Beleza”, onde pudemos fazer com que as mulheres se sentissem amadas e cuidadas; além de futebol com os jovens, que puderam interagir com a equipe e conhecer um pouco mais do amor do nosso Senhor!
Há um grande percentual de analfabetismo na cidade, oportunidade em que também entregamos bíblias em áudio em algumas casas visitadas, o que tem gerado muitos frutos. Temos recebido inúmeros testemunhos do quanto eles têm escutado a Palavra por meio dos rádios entregues! Fomos enviados para chamar esses nossos irmãos para sentar-se à mesa junto conosco, comer do mesmo pão e beber do mesmo vinho que bebemos!



O que ficou de resultado não conseguimos expressar!!! Mas o mais importante, que são as amizades e vínculos formados na Equipe e a parte da família que encontramos em Monteirópolis ficou gravado em nossos corações. Muitos irmãos ficaram naquele bairro de periferia de uma das 30 cidades menos evangelizadas do Sertão Nordestino, e em poucos dias criamos laços tão intensos com aquelas pessoas! Isso traz gozo e sentido para nossa vida! Ore por esse povo! Conheça, faça parte desse movimento!
por Leonardo Felipe
    
Veja Vídeo da Viagem:



segunda-feira, 8 de abril de 2019

Cristão e o Trabalho

por Igor Miguel

Cristãos não trabalham, ministram ou estudam porque querem se realizar, ser bem sucedidos ou felizes. Essas não podem ser razões ou motivações para a atividade de nenhum cristão. E, isto se deve ao fato de que "realização", "sucesso" e "felicidade" são termos soteriológicos, ou seja, relacionam-se com salvação. Logo, é necessário suspender tais expectativas em relação às nossas atividades, do contrário, criaremos uma falsa doutrina da salvação, um modo de salvação pelas obras. Mas, então qual é a razão do cristão trabalhar/estudar? A razão é doxológica. Em outras palavras, cristãos trabalham/estudam porque isto envolve a glória (doxa) de Deus. 

Deus é mais glorificado quando nós e nosso próximo se maravilha por meio de nosso trabalho. Nossas atividades estão aí para que 'os homens vejam nossas obras e glorifiquem a Deus por isso' (Sermão do Monte). Então, quando ensino ciências ou matemática para meu filho, quero que ele se maravilhe com um Deus que colocou padrões numéricos, proporções racionais e complexidades em sua criação. Quero conduzi-lo e que ele conduza outros à adoração!

Considere que isso muda completamente a razão porque um desenvolvedor se senta diante de algoritmos, um engenheiro faz cálculos estruturais, um biólogo analisa processos metabólicos, um pai/mãe educa/cria filhos, um professor ensina, um pedreiro constrói, um varredor limpa a rua, um comerciante faz suas transações comerciais, um político desenha um projeto de lei e um pastor prepara um sermão.

Cristãos trabalham para exibir quem Deus é no mundo (glorificação) e isso exige novas virtudes laborais como sabedoria, diligência, responsabilidade, justiça, compaixão, mordomia e generosidade.

Quando Deus, em Cristo, se torna o centro de gravidade de nossa existência, todas as relações mudam completamente. Deixamos de ser o centro, nos libertarmos do jugo de escrever nossa própria história, e somos matriculados na escola de Jesus, onde aprendemos a brilhar sua luz no mundo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

"A vida é feita de brevidade!"


Anos, semanas e dias breves
Horas e minutos cruzam o nosso caminho
Mal os saudamos e eles vão embora
Vão por toda eternidade
A vida é feita de brevidade
A vida é feita de pequenas coisas!
Oportunidades-como sementes-
As colheitas oferecem ao que se importa
Todo minuto por mais breve que seja
Contém eternidade
A vida é feita de pequenas coisas
A vida é feita de escolhas constantes!
Escolhas diárias parecem tão insignificantes,
Mas o nosso Deus registra todas
Tudo é feito p/ o Senhor
Trás uma recompensa eterna.
a vida é feita de escolhas constantes!
Nada em sua vida é pequeno!
Tudo é oportunidade
Para semear p/ a eternidade
Tudo o que vc faz tem um valor incrível
A colheita da vida se multiplica
Nada em sua vida é pequeno!
A vida par Deus não é desperdiçada!
Tudo o que vc faz p/ Deus hoje
Enquanto trabalha, dá e ora
É investido na pátria celestial
a sua colheita será eterna!
a sua vida p/ Deus não é desperdiçada!"
Wesley Duewel

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Crônica do Semeador

                                      Crônica do Semeador
                                                                   por Ronaldo Lidório





Lendo a parábola do semeador e o Salmo 126, lembrei-me de muitos amigos e vários missionários. Veio forte a cena dos semeadores de hoje. Aqueles que falam de Jesus visitam de casa em casa, servem o caído, cuidam do enfermo e enfrentam seus medos.
Alguns lutam a vida inteira contra problemas maiores que eles. É a seca do sertão que causa fome, miséria e exclusão social, do corpo e da mente. As famílias carentes e outras sem teto que parecem se multiplicar a cada dia nas grandes cidades. A enfermidade e epidemias que assolam, sem piedade, justamente os lugares com menos assistência de saúde.
Alguns trabalham longe, aprendendo línguas complexas, estudando a cultura de um povo diferente, com clima diferente, sempre mais um lugar a chegar e uma nova barreira a ultrapassar. Outros trabalham perto, lutam nas selvas de pedra. Seu povo não-alcançado encontra-se em condomínios fechados, no frenesi das ruas, hospitais lotados, escolas e cárceres. Falam de Jesus e saem de casa orando por oportunidades diárias - e não as perde.
O Salmo 126 nos fala sobre a relação entre a caminhada e o choro. Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltará para casa com alegria trazendo seus feixes, o fruto do trabalho. Para cumprirmos o ministério que Jesus nos confiou é necessário andar e chorar. E são certo que muitos fazem ambas as coisas. Tantas idas e vindas, caminhos incertos, a impressão de que há sempre mais um passo a dar, alguém a ajudar, uma pessoa a evangelizar. E as lágrimas, que descem abundantes com a saudade que bate a enfermidade que chega o abraço que não chega o fruto que não é visível, o coração que já amanhece apertado, o caminho que é longo demais.
Creio que temos andado e chorado. Mas voltaremos um dia, trazendo os frutos, apresentando ao Cordeiro e dando glória a Deus! Poderá ser amanhã, ou em algum momento ainda distante. Mas ainda não é hora de voltar. É hora de seguir, andando e chorando, com alegria no coração e sabendo que não trocaríamos essa viagem por nenhuma outra na vida. O grande consolo e motivação é que não andamos sós. Ele está conosco. E maior é Aquele que está em nós. Portanto, não desistimos, olhando o horizonte que se aproxima e trazendo à memória o que pode nos dar esperança.
Guarde seu coração enquanto anda e chora. Não perca a alegria de viver e caminhar, nem a mansidão, nem a oração, ou o humor, ou o amor. Não deixe de semear mesmo quando está difícil. Lance a semente em todas as terras. Uma semente há de germinar e talvez a mais improvável. A que menos promete. Não dê ouvidos àquele que diz que não vai acontecer porque a terra é árida, você é incapaz, o povo nunca muda, o problema é grande demais, o sol é forte e o vento está chegando. Lance a semente.
Lançamos as sementes que o Senhor nos deu e quase sempre há um preço alto a pagar, por isso choramos enquanto semeamos. Tenho observado os semeadores. Uma enfermeira brasileira atendeu 221 pessoas em um só dia na África sob um calor de 42 graus durante 17 horas ininterruptas. Era uma epidemia que chegava e os próximos dias seriam mais difíceis. No Marrocos, um missionário Britânico, para trabalhar com os moradores do lixo, passou também a viver no lixo, durante anos e anos. Um jovem Ganense viajou todo seu país alertando sobre a AIDS, de bicicleta e só, com um sorriso nos lábios. Era ele mesmo portador do HIV. Um pregador de rua, falando em uma Praça em Manaus, incansável durante horas em uma segunda-feira à tarde. Gritava e dizia: hoje é meu dia de folga, estou aqui e não em casa, porque vocês são importantes para Deus. As sementes são diferentes. Para lançá-las é preciso chorar, pois frequentemente há um preço a pagar. Um pagou com o suor, outro com a abnegação, ainda outro dedicou seu tempo e o último entregava seu único dia de folga. Pague o preço, lance a semente e sirva a Jesus.
Abrace o que também anda e chora que está ao seu lado. Ele talvez se sinta só e pense que é o único que chora enquanto caminha. Andar e chorar são cumprir a missão. É também um grande privilégio. Um dia você voltará... mas talvez não seja hoje. Se você pensou em desistir da sua caminhada e o coração, abatido, não encontra mais prazer em semear, olhe para o alto e faça um compromisso com seu Deus: mesmo chorando, andarei um pouco mais! Sim, haverá o dia de voltar... mas ainda não chegou. Na força do Senhor continue a caminhar... e chorar... e semear... e sorrir, porque estamos aqui, na lavoura do Pai. Não há lugar melhor.




Trecho do livro: Teologia Bíblica do Plantio de Igrejas.
Editora Instituto Antropos, 1ª edição - 2011.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Sal da 90 - Igreja, Família e Amigos.


"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." (1Co. 15:58).


Quero deixar aqui meu relato de gratidão, privilégio, honra e celebração, pelo final de um ano ao lado dessa equipe de irmãos-amigos. No final de 2015 para 2016 vim para a Sal da Terra da Rua 90 e encontrei uma Igreja (pessoas) vivendo uma realidade no evangelho que nunca tinha experimentado antes.
A rotina aqui é puxada, trabalha-se muito e sempre com demandas e problemas de uma igreja de grande porte. Mas, o ambiente que tem se construído, buscado e lutado, para termos aqui, é em si mesmo um renovo para todo esse trabalho e desafios eclesiais. Esse bom ambiente é devido a nossa procura por viver a unidade da fé, com coerência e constância, sempre rendidos, a graça e a misericórdia de Deus pela ação do favor do Espirito Santo.
Não podemos esquecer que foram várias pessoas que estiveram aqui antes de nós que aqui estamos. Pude acompanhar alguns partirem após minha chegada e outros que tenho tido o privilégio de ver chegar. Essa maneira de fazer igreja deixa impregnada uma identidade em quem passa por aqui. E os que foram certamente tem, em alguma conta, bons e importantes momentos vividos aqui. São partidas difíceis e chegadas surpreendentes, que somente o Senhor poderia promover e executar.
Temos dificuldades e falhas como qualquer igreja, porque como qualquer igreja somos a unidade e união de pessoas imperfeitas. Há dificuldades e dias bem difíceis nessa caminhada juntos. Trabalhamos em conselho e isso exige muito, pois nenhum conselho de unidade se sustenta sem que aja relação, relacionamento e ralação. E esse estilo de conduzir uma igreja inspirado no que é a Trindade (do Pai, Filho e Espirito Santo vivem), é um grande e renovador desafio.
Sou muito grato a Deus e feliz com essas amizades, fraternidade e família da fé que tenho encontrado e vivido aqui. Deixo meu obrigado a todos que com paciência e amor tem me recebido nessa família da fé.
Obrigado Sal da Terra da 90 e a todos tenho privilégio de conviver, que conheço e conheci aqui.

Leonardo Felipe.