quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Deus: fé ou fato?

por Marlon Teixeira
fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2014/01/22/deus-fe-ou-fato/#more-3139
O “problema” Deus, ou seja, o questionamento sobre a existência de Deus remonta às primeiras civilizações. Se havia homens, havia crença ou descrença teísta, jamais indiferença. E hoje não é de outro modo. Mesmo os que se dizem agnósticos, afirmando não crer na acessibilidade humana a qualquer verdade absoluta, descreem em mesma medida, pois esta é apenas uma postura eufemística para abrandar o rótulo de cético ou ateu.
Se for fé ou for fato, é interessante ressaltar que além de debater a existência de uma divindade, outras indagações sempre surgem inevitavelmente neste processo filosófico. Se Deus existe, como existe? Qual religião ou ideologia o define e se relaciona com ele de forma assertiva? O que lhe é peculiar? Qual é a sua origem? Qual é a sua natureza? Veja que apenas acreditar não satisfaz a todas as variantes do problema. É preciso uma teologia sistemática para aquietar o espírito humano.
Por ora, vamos a uma solução simplória: Deus existe. Esta afirmação é um pressuposto, eu assumo, pois reconheço que provar a existência de Deus é impossível, posto que o que nos pode provar limita-se somente a evidências tangíveis e concretas, e que apenas o método científico da experiência poderia nos valer como conclusão cabal deste axioma. No entanto, se não posso provar o que digo, posso provar que o que digo está dito em um livro que pode ser experimentado pela ciência. Falo da Bíblia.
Entre o ateísmo contemporâneo há o argumento de que se a Bíblia prova a existência de Deus, os gibis folclóricos, por exemplo, provam a existência do saci e da mula sem cabeça. A intenção pérfida destes que assim se posicionam, é inferir que papel aceita qualquer coisa e que, portanto, um livro aceito por determinada religião como conjunto de verdades absolutas, não pode provar aos que não comungam desta fé, o que nele se afirma.
A priori, este argumento é um fato, posto que realmente papel aceita qualquer coisa. No entanto, quando ele é proferido para destoar do conteúdo bíblico, seu sentido torna-se inaplicável. Para evidenciar de forma incontestável que a Bíblia trata de realidades, é só comparar algumas de suas informações com os postulados e leis universalmente aceitos na comunidade científica. Isto se chama método indutivo.
Milênios antes de qualquer observação, descoberta ou teste pela Ciência, a Bíblia já nos trazia dados como: a Terra está suspensa sobre o nada (Jó 26:7); o Sol é maior que a Lua (Gn 1.16); o núcleo da Terra é formado por fogo (Jó 28:5); a Terra é redonda (Is 40.22; Jó 37.12); o sistema circulatório é a fonte da vida (Pv 4.23); a Lua possui influências sobre o mar (Jr 31.35); há um ciclo hidrológico regular (Jó 36. 27-28; Ec 1:7; Is 55.10); dentre outras ousadas afirmações.
Assim, diante do exposto podemos nos indagar: qual a probabilidade dos escritores da Bíblia terem acertado todas as suas asseverações científicas, utilizando apenas uma intuição primitiva? Seria este um golpe de sorte perfeitamente certeiro ou consequência de uma acessibilidade a algum tipo de revelação? Penso que qualquer cientista sensato chegaria à veracidade da segunda opção. E se há revelação, esta só poderia ser proveniente de um Deus. E se há um Deus, este só poderia ser constatado a partir de uma fonte confiável.
Como a Bíblia, experimentada a partir do método indutivo, já nos demonstrou uma extrema precisão em seu conteúdo científico, o qual não foi adquirido por experiências e pesquisas, mas, alcançado através de revelação divina, só ela, então, pode ser a fonte exigida para se definir quem foi este revelador, resolvendo, portanto, o problema de “Deus”. Assim sendo, eu consigo provar o meu axioma proposto, visto que a Bíblia o confirma categoricamente: “Deus existe”.