sexta-feira, 30 de maio de 2014

O Olhar de Deus;



 O OLHAR DE DEUS

É um olhar de amor!
Como o olhar de um pai e uma mãe à primeira vez que olham o filho recém nascido.

É um olhar de ternura!
Como o olhar de um pequeno ou pequena quando admira seu pai herói ou sua super mãe.

É um olhar de compaixão!
Como o olhar do melhor amigo ou amiga ao ver seu amigo/irmão em dificuldade, ruína e desastre.

É um olhar de alegria!
Como o olhar de uma criança surpreendida com o sonhado brinquedo em suas mãos!

É um olhar de carinho!
Como o olhar cerrado de alguém que recebe o afetuoso abraço da pessoa amada.

É um olhar de sinceridade!
Como o olhar de um pai quando diz ao filho ou filha o que é melhor e certo, mesmo que isso lhe traga lágrimas.

É um olhar de simplicidade!
Como o olhar de uma criança que ainda não se encanta pelas futilidades de marcas, grifes e ostentação.

É um olhar de paz!
Como o olhar de alguém que encontrou esses olhos, os olhos de Deus, e assim encontrou a paz!

Leonardo felipe


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Graça;

A conheci em Cristo!
Fui alcançado pela graça dEle!
Ele me mostrou que a graça é um "favor imerecido";
Ele me salvou por meio de seu sacrifício gracioso;
Ele me libertou por sua graça misericordiosa;
Ele me acolheu, abraçou e amou graciosamente;
Ele me fez seu amigo quando ainda era rebelde sem causa por meio de sua graça humilde e simples;
Ele me tem restaurado, regenerado e curado gradativamente com sua graça;
Ele me oferece essa mesma graça todos os dias logo pela manhã;
Ele me guia, dirige, acompanha, direciona e orienta através da graça;
Ele me sustenta, ampara, cuida e ajuda pela sua graça providencial;
Ele me enche de paz, alegria, disposição, ânimo e amor com sua graça infindável;
Ele me deu e dá vida e sentido de viver pela graça presencial;
Ele me chama a olhar o próximo e o distante com seu olhar gracioso;
Ele me ensina a abraçar, cuidar, servir e me doar ao próximo com sua graça irresistível;
Ele me envia, mesmo com minhas limitações e falhas, a viver sua graça para o próximo;
Ele me mostra pela sua palavra a imensidão da sua graça;
Ele é a Graça!
Ele pode ser essa graça pra você também!
Ele é Cristo a graça encarnada!
Ele está vivo e próximo, bem próximo!

por Leonardo Felipe

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Ações


Ações que valem por mil palavras!

Ações que fazemos a outros que não podem corresponder!

Ações que estão ao nosso alcance e não deixamos passar!
  
Ações que são simples, mas extremamente significativas!

Ações que nós aproxima do próximo e nos fazem mais humanos!

Ações que dão sentido à vida e ao viver!

Ações que nascem, de quem é de onde, menos se esperam!

Ações que transcendem nossa limitação existencial e nos liga a aquele que transcende tudo e todas as coisas - Deus!

Ações que são magníficas por atingir em cheio aos que estão à nossa volta e sem ação!

Ações que, elas sejam sempre boas ações!

Leonardo Felipe

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Diante do Senhor – O Centurião (Mateus 8:5-13)


A atitude e a fé que impressiona o Senhor

por Leonardo Felipe


Hoje vamos meditar mais uma vez sobre pessoas que ficaram, diante do Senhor! É o encontro de um homem com Cristo. Não sabemos seu nome, ele era um Centurião Romano. Esse Centurião vai até Cristo. Ele procurou Cristo.
Vamos ler...
Entrando Jesus em Cafarnaum, dirigiu-se a ele um centurião, pedindo-lhe ajuda. E disse: "Senhor, meu servo está em casa, paralítico, em terrível sofrimento". Jesus lhe disse: "Eu irei curá-lo". Respondeu o centurião: "Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade, com soldados sob o meu comando. Digo a um: ‘Vá’, e ele vai; e a outro: ‘Venha’, e ele vem. Digo a meu servo: ‘Faça isto’, e ele faz". Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: "Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. Eu lhes digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus. Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes". Então Jesus disse ao centurião: "Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá! " Na mesma hora o seu servo foi curado. (Mateus 8:5-13)
Hoje nós vamos de novo nos voltar para Cristo e ficar diante Dele.
Hoje vamos ver um Homem diante de Cristo clamando não por si mesmo, mas em favor de outra pessoa.
Hoje vamos aprender o quanto Cristo se alegra quando nos colocamos diante dele em favor do próximo.

Introdução / Contexto
O tempo tem passado cada vez mais rápido, e cada ano tem terminado cada vez mais rápido.
No artigo “Dois erros que você já cometeu em 2014” (http://seabravinicius.blogspot.com.br/2014/01/dois-erros-que-voce-ja-cometeu-em-2014.html) Vinicius Guimarães cita o sociólogo Zygmunt Bauman “os tempos pós-modernos sofrem um estado de deformação ao ponto de transformar-se de sólido em líquido, criando assim um mundo instável e de curto prazo”.
A cada ano tem sido um terror para um Pastor. A instabilidade, falta de dedicação e desinteresse das pessoas nesses tempos pós-modernos faz com que os compromissos  fiquem muito fugazes (que é passageiro; efêmero), inconstantes e passageiros.
Lidar com essa instabilidade e compromisso de fast-food de nossa sociedade é complicado.  “Não estou feliz aqui!” “Vou tentar uma coisa nova!” “Não vai dar para continuar a frente disso ou vou entregar essa função porque não estou bem!” São frases comuns em nossos dias. A falta de compromisso e dedicação atinge a família como nunca atingiu antes, nunca tantos casamentos foram desfeitos e rompidos.
Essa inconstância chega também na contribuição. Em comunidades (igrejas) pequenas e cheias de atividades e responsabilidades se você deixa de fazer sua contribuição toda às atividades sofrem e ficam prejudicadas.
ü A questão é que quando as coisas apertam ou quando mudanças ocorrem à igreja sempre é a primeira a ser colocada de lado, abandona-se atividades deixa-se de contribuir regularmente.
ü Pessoa senta faz um compromisso de ajudar, trabalhar, contribuir, servir e cuidar de alguma atividades e num tempo muito curto, sem preparar ninguém para ficar no seu lugar, chega ao Pastor ou líder e tchau.
ü No artigo que citei do Vinicius Ele chama a nossa atenção para dois erros que cometemos no inicio do ano novo.
ü Interessante é que os dois erros que cometemos são de coisas que fazemos pensando em nós mesmos.
ü Vinicius disse o seguinte: “É como se Deus fosse refém de nossos desejos, e a prova disto é que insistimos pela oração que Deus atenda o que projetamos, ou seja, é Ele quem deve se adequar aos nossos projetos.”
ü A grande questão é que não nos mantemos fiéis aos nossos próprios “projetos”, “Planos” e “Decisões”
ü Pessoa inicia um curso superior que iria beneficiar primeiramente a ela mesma e para por “achar muito puxado”, “demora muito” e etc.
ü Quero nessa meditação tentar pensar e buscar uma atitude e fé diferente.
ü Planejar e Buscar, realizações pessoais é muito bom e válido! Casa própria, comprar um Carro ou um Carro melhor, a chegada e o cuidado de um filho, passar num vestibular ou concurso, conseguir um aumento, abrir o próprio negócio, aposentar-se depois de anos de trabalho duro.
ü Mas, quando isso se torna o centro e consome todo o nosso ser, todo o nosso tempo, todos os nossos recursos, aí deixar de ser algo válido e passa a ser um ídolo, um erro e nos afasta do Senhor.
ü Quero nessa meditação tirar nosso umbigo do foco.
ü Precisamos nos libertar desse Evangelho do umbigo ou evangelho egocêntrico.
ü Precisamos do evangelho onde Cristo é o centro e o próximo é tão importante quanto nós mesmos.
ü Precisamos nós colocar diante de Cristo e pedir que Ele conduza e direcione nossos dias, meses, esse ano, o próximo ano e até que Ele volte!    

Contexto da Passagem
Æ O Milagre que vamos meditar tem três características importantes:
1ª É um Gentio (não judeu) oficial Romano que pede;
2ª É o pedido de uma pessoa para outra;
3ª A grande demonstração de fé dessa pessoa que pede impressiona Cristo;
Æ Nessa meditação vamos discorrer sobre dois pontos, ambos relacionados como o centurião.

Reflexão
A atitude do centurião
Ø O Centurião ocupava um cargo básico no império Romano. Porém, era respeitado e por seus soldados e por todas a comunidade de Judeus que vigiava.
Ø Ele comandava um grupo de 100 soldados romanos, daí o nome de sua função de centurião.
Ø Esse homem de cargo importante vai até cristo. Ele deixou seu posto de comando e sua base militar e foi até Cristo.
Ø Esse Centurião vai até Cristo sem uma escolta militar. Ele deixa as formalidades tradicionais da relação entre romanos e judeus e vai até Cristo.
Ø Ele chega em Jesus “Implorando” (RA*), “Suplicando” (KJV*). Se algum soldado quisesse denunciar esse centurião ele seria repreendido ou até punido. Porque um oficial graduado Romano não poderia se sujeitar a um Judeu.
Ø Mas, Esse Centurião foi Implorar, Suplicar e Clamar, mesmo diante de todos que estavam à sua volta, para Cristo.
Ø Esse Centurião não foi até Cristo para:
1.    Pedir por um problema pessoal;
2.    Pedir por uma gratificação no exército Romano;
3.    Pedir a realização de um capricho: Tenda com 10 divisões.
Ø Porém, esse homem faz esse esforço todo, em favor do próximo em favor de outra pessoa.//
Ø Esse centurião vai implorar e suplicar por seu servo. Entenda servo eram escravos.
Ø Esse centurião vai implorar e suplicar por seu escravo. Esse Centurião não tratou seu servo-escravo como algo substituível e sem importância.
Ø Esse Centurião tem muito a nos ensinar! Ele conhece a necessidade do seu Servo-Escravo (V.6): “Senhor, o meu Servo está de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente!”
Ø Esse centurião conhecia e está envolvido no problema grave do seu servo-escravo.
Ø Esse Centurião não seguia, o que Ed René Kivitz disse sobre, a filosofia de vida atual da: “Cultura da Indiferença”
“O que é seu, é seu, o que é meu é meu!”
“Cada um com seus problemas!”
“Você pra mim é problema seu!”
É a postura do “Cada um cuida da sua vida!”
Ø Esse Centurião não vivia nessa cultura da indiferença e egoísmo!
Ø Esse centurião é gente que vive não pra si mesmo, mas vive sua vida percebendo e lutando as lutas e angústias dos que estão à sua volta.
Ø Esse centurião é daquelas pessoas que busca não somente suas realizações e necessidades pessoais, mas se dedica e busca as realizações e necessidades do próximo.  

A Fé do Centurião
      Outro ponto é a fé demonstrada por esse centurião.
      Jesus ficou “admirado” (RA*), “maravilhado” (KJV*), e qualificou ou classificou a fé desse homem (v.10) da seguinte forma: “Digo a vocês a verdade: não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé!”
      Em outras palavras Cristo provavelmente teve a maior demonstração de fé durante seu ministério.
      Mas, O que diferencia a fé desse centurião?
      A fé do centurião é:
  1. De atitude: Agiu, foi até Cristo;
  2. Altruísta: em favor de outro;
  3. Simples: Sem rodeios e sem bajulação;
  4. Humilde: “Não sou digno de que entres em minha casa;...”
  5. Convicta e confiante: “Mas, apenas manda uma palavra, e o meu servo será curado!”
  6. Racional: Conhecia o princípio de autoridade que estava sobre Jesus Cristo.
      O Centurião teve uma fé em Jesus cheia de atitude;
      O Centurião teve uma fé em Jesus em favor do próximo;
      O Centurião teve uma fé em Jesus de forma simples e humilde;
      O Centurião teve uma fé em Jesus sólida e consciente.
      O Centurião buscou com convicção em cristo, que seu servo-escravo fosse abençoado.

Aplicação

1ª Agir individualmente em favor do próximo.
  Cristo tem nos colocado em locais e situações para que o evangelho chegue a outras pessoas, através de nos.
  Cristo tem nos chamado para sermos as boas-novas. Ser a boa-nova em ações práticas e não somente em palavras.
  Deus nos dá todas as condições necessárias para sermos o evangelho do Reino dos Céus.
  Precisamos sair da desculpa vazia do testemunho. Cristo Espera nossas ações e atitudes assim como o Centurião.
  Precisamos assumir nossa responsabilidade pessoal de ser as Boas-novas.

2ª Fé em Cristo.
      Precisamos viver uma fé de atitudes e menos de palavras;
      Precisamos viver uma fé mais altruísta (voltada para o próximo) e menos voltada para nós mesmos; EXEMPLO: Não temos em nossas igrejas a Campanha: “21 dias para a vitória do irmão”;
      Precisamos viver uma fé mais simples e humilde, descomplicar a nossa espiritualidade;
      Precisamos viver uma fé mais convicta e confiante em Cristo, e menos influenciada em conhecimentos seculares, filosofias e suposições externas; uma fé mais Bíblica!
      Precisamos viver uma fé mais racional e relacional, e menos mística e mágica;
      Precisamos viver uma fé dependente de Cristo, e menos dependente de nós, da nossa força, dos nossos bens materiais, da nossa formação, da nossa denominação, ou de qualquer outra coisa fora de Cristo.
      Precisamos viver uma fé em Cristo, de Cristo e para Cristo.

3ª Agir com Fé em Cristo em favor dos paralisados em sofrimento à nossa volta.
      Hoje existem muitos paralisados À nossa volta;
Paralisados:
1- Emocionalmente;
2- Economicamente;
3- Espiritualmente;
4- Fisicamente;
5- Paralisados Conjugais;
6- Paralisados Vocacionais. 
      Cristo está nos chamando a agir em favor das pessoas paralisadas e em sofrimento à nossa volta.
      Cristo nos chama a ouvir e agir em favor dos paralisados à nossa volta.
      Cristo Espera que sejamos seus pés, seus braços, suas mãos, seus ombros, seus olhos, seus ouvidos e sua boca, para as pessoas à nossa volta em sofrimento e paralisados na vida.

Conclusão:
®  Ano passado morreu Nelson Mandela. Ele era de família importante entre os negros de seu país, mas, ficou preso injustamente por quase 30 anos, num cubículo minúsculo.
®  Mandela foi preso por quase duas décadas por enfrentar o sistema de segregação e apartheid.
®  Nessa meditação o que mais me chamou atenção é que O Centurião aponta para Cristo.
®  O Centurião deixou o status do seu cargo e foi a até Cristo com simplicidade e humildade pedir pelo seu servo-escravo que estava sofrendo com uma terrível paralisia.
®  Cristo nosso maior e mais importante exemplo deixou seu Lar, Sua Família (seu Pai), sua glória, se esvaziou, se humilhou se tornando um humano – Ele sendo divino, e assumiu nossa dívida, nosso pecado, nossa maldição.
®  Cristo olhou para o Centurião e sentiu muita alegria por ver alguém agindo como Ele.
®  Que possamos agir como Mandela, como o Centurião e principalmente como Cristo.
®  Olhar menos para nós mesmos e mais para os paralisados em sofrimento à nossa volta.

Vamos orar...



RA=Bíblia Versão Revista e Atualizada Padre João Ferreira de Almeida
KJV=Bíblia Versão King James 

domingo, 11 de maio de 2014

Ela é,



Tão pequena!
Tão forte! 
Tão carinhosa! 
Tão guerreira! 
Tão frágil! 
Tão criativa! 
Tão inspiradora! 
Tão lida! 
Tão terna! 
Tão alegre! 
Tão festeira! 
Tão comunicativa! 
Tão altruísta! 
Tão amorosa!
Mamãe você é a maior e mais intensa demonstração de amor que Deus tem me dado.
Mamãe foi através de você que Deus me inspirou a olhar e querer viver para o próximo.
Mamãe você é uma amiga e confidente.
Mamãe você e minha parceira de leitura e livros.
Mamãe você é minha parceira também de oração e intercessão.
Mamãe você é minha vigilante e incentivadora fiel.
Mamãe você que vê é transforma coisas feias abandonadas em lindas peças de decoração.
Mamãe você que transforma panos velhos em lindos detalhes de costura.
Mamãe você é minha amiga de café e tem o melhor tempero.
Mamãe você é a mulher mais linda!
Mamãe você é a pessoa mais bondosa e amorosa.
Mamãe te amo!
LF

sábado, 10 de maio de 2014

O que as mães querem?


por Leandra Felipe

Creio que as mães guardam tensões e segredos sobre o que querem, sobre o que pensam de si mesmas como mães, e sobre o que querem da relação com os filhos. Nós, mães - nisso me incluo totalmente - vivemos brigando com a imagem que temos de nós mesmas. Há uma tensão entre a mãe "ideal" que construimos na nossa cabeça, entre a mãe que de fato somos e a mãe que "gostaríamos" de ser. A mãe que trabalha muito poderá sentir culpa por não ficar tempo suficiente com os filhos (ainda que não tenha outra alternativa); a que não trabalha poderá pensar que "faz mal aos filhos" por ficar tanto tempo junto. A mãe que está cansada depois de noites sem dormir com o bebê, sentirá culpa por estar exausta e irritada. A mãe que grita se sentirá culpada por ter saído dos limites. A que vê o filho enfrentar dificuldades em alguma área da vida se sentirá impotente, incompetente. Enquanto preparamos papinhas, contamos historinhas, ajudamos no trabalho da escola, conversamos sobre problemas, damos broncas e "boa noite", vivemos com nossos dilemas e nossos juízes interiores. Carregamos também uma tensão entre a alegria de ver nossos filhos crescerem e a angústia de vê-los cada dia mais independentes e autonômos. E quando os filhos viram adultos? Essa parte ainda não vivi. Ufa! Mas, com um filho pré-adolescente, já começo a imaginar. E me vejo na minha mãe e logo começo a pensar que "eu sou ela amanhã". Amanhã vou ser a mãe que minha mãe é hoje, a mãe dos filhos adultos. A mãe que vê o filho tomar decisões, que vê o filho viver a própria vida, que vê o filho ficar feliz ou ficar triste. A mãe que sente saudade do filho que vive longe, ainda que esteja feliz por saber que ele está bem. A mãe que conta os dias para ver o filho. Amanhã serei essa mãe que tem de reinventar seu lugar e redistribuir espaços no coração e no dia-a-dia. Como mães, queremos coisas distintas em cada fase da maternidade. Quando estão dentro de nós, desejamos que tudo dê certo, e que o inexplicável e novo, que está por chegar, venha da melhor maneira possível. Quando chega o bebê, queremos que ele entre em nossa rotina (doce ilusão), que nos acostumemos a nova fase. E de noites, em noites, de sonecas durante o dia e de regras, receitas, erros e acertos, aprendemos a conviver com eles e nos apaixonamos. Depois vem outras épocas e vontades distintas de mães e vontades distintas de filhos. E vamos juntos. O que as mães querem? Como mãe, quero que meus filhos sejam felizes e quero desfrutar da presença deles comigo. Racionalmente, eu quero que eles sejam fortes e suportem dores (embora me custe vê-los sofrer). Quero vê-los autônomos, valentes e decididos, mesmo sabendo que isso de fato significará menos de mim na vida deles. Como filha, quero que minha mãe saiba que sou essa pessoa adulta hoje, que deu trabalho, que errou, que acertou, que se reinventou. Sou mãe agora, e sei que com o que ela tinha nas mãos, ela fez o que podia fazer e, se deixou algo de fora, não é mais um problema. Deu certo. E quero vê-la se reinventar também e aproveitar o tempo que ela tem e desfrutar do sucesso que teve em ter criado seus filhos. 
Feliz dia das mães, Gilda Alves Felipe, a Dona Katia, mãe do Guillermo e a todas as minhas amigas mães!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Intimidade é caráter!

por Murillo Leal

Todo mundo quer ter intimidade com Deus. Para isso, a grande média evangélica inventou congressos, conferências, e eventos, com objetivo de ensinar fórmulas e tentar criar um método para se ter “mais intimidade com Deus”.

De forma geral, no senso comum, ter mais intimidade é “passar mais tempo com Deus”. Por causa disso, reduzimos a tal da intimidade em uma simples realização da devoção disciplinada. Ensinamos isso para nossos jovens e adolescentes como ensinamos nossos cãezinhos adestrados a realizar tarefas para receberem um ossinho como recompensa, mas que nem entendem o que estão fazendo. Resumindo, de forma geral, ter intimidade com Deus é simplesmente orar e jejuar, ler a bíblia e ir na igreja.

Antes que as mentes sensíveis da internet me ataquem, deixo claro. É evidente que toda essa agenda devocional é extremamente importante. A oração é uma maneira de desenvolvermos um relacionamento com a pessoa de Deus. O jejum – apesar de que a maioria das pessoas pensam que é simplesmente uma “dieta santa” que funciona como moeda de troca com Deus – é uma importante tarefa a fim de ouvir o Pai. A leitura bíblica nos serve, entre tantas outras coisas, como um alimento para que possamos perceber como é a maneira de Deus se comunicar com sua criação. E comunhão na igreja nos coloca em contato com o outro, com a prática do afeto, do perdão, da alegria, e do relacionamento horizontal.


No entanto, sempre me pergunto porque nós sempre achamos que quanto mais tempo de devoção formos submetidos, mais intimidade teremos com o Pai? Bem, na realidade, ter intimidade não é você passar mais tempo com alguém necessariamente.

A exemplo disso, encontro pessoas que moram na mesma casa a muitos anos e não tem intimidade entre si e que apesar de dividirem jantar, café e almoço, constantemente desconfiam do caráter um do outro.

A convivência não elimina a dúvida, somente a confiança é a chave para a intimidade.

Outro dia, fiquei impressionado com um casal de noivos que conheço. Ao conversar com os dois, percebi que resolveram comprar cada um o seu apartamento, porque “não sabiam o dia de amanhã”. Perguntei porque é que não aproveitaram que tinham o dinheiro para comprar um só que fosse maior e mais conchegante mesmo que tivesse que ser no nome dos dois. Percebi a desconfiança, mas a falta de coragem em assumir tal posicionamento. Isso prova que a convivência não é sinal de intimidade, esse casal, apesar de estarem sempre juntos, não confiavam um no outro. Isso para mim não é intimidade.

Gosto de entender a intimidade como a confiança no caráter. Por isso, existe muita gente que desempenha um papel devocional impecável em relação a Deus, mas que não necessariamente confia no caráter Dele, não consegue descansar, não consegue entregar sua vida, seus filhos, sua casa, seu futuro e sua vida totalmente a Deus. Desse modo, desconfiamos da Palavra Dele e por consequência não tem intimidade com Ele.

Talvez quando entendermos quem é o Senhor, de fato, possamos ter intimidade com Ele.

E quando nossa devoção tiver como motivação o conhecimento do caráter Dele e não uma noção de obrigação possamos nos sentir mais íntimos Dele. A intimidade tem pouco a ver com convívio e muito a ver com quem é Deus, O que Ele diz sobre seus filhos e o que tipo de relacionamento ele quer conosco.

Que possamos conhecer e confiar no caráter daquele que é o único que fala a verdade, o único que pode nos arrancar das amarras da obrigação e nos colocar no prazer da sua presença. Que Ele cresça em nós para que possamos ser mais íntimos e ter prazer na sua presença simplesmente porque o amamos.



Murillo Leal é jornalista e escreve também no blog Crerpensando.
Contato: mumaleal@gmail.com
fonte:http://minhavidacrista.com/edificacao/intimidade-e-carater/