sexta-feira, 16 de maio de 2014

Diante do Senhor – O Centurião (Mateus 8:5-13)


A atitude e a fé que impressiona o Senhor

por Leonardo Felipe


Hoje vamos meditar mais uma vez sobre pessoas que ficaram, diante do Senhor! É o encontro de um homem com Cristo. Não sabemos seu nome, ele era um Centurião Romano. Esse Centurião vai até Cristo. Ele procurou Cristo.
Vamos ler...
Entrando Jesus em Cafarnaum, dirigiu-se a ele um centurião, pedindo-lhe ajuda. E disse: "Senhor, meu servo está em casa, paralítico, em terrível sofrimento". Jesus lhe disse: "Eu irei curá-lo". Respondeu o centurião: "Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade, com soldados sob o meu comando. Digo a um: ‘Vá’, e ele vai; e a outro: ‘Venha’, e ele vem. Digo a meu servo: ‘Faça isto’, e ele faz". Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: "Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. Eu lhes digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus. Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes". Então Jesus disse ao centurião: "Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá! " Na mesma hora o seu servo foi curado. (Mateus 8:5-13)
Hoje nós vamos de novo nos voltar para Cristo e ficar diante Dele.
Hoje vamos ver um Homem diante de Cristo clamando não por si mesmo, mas em favor de outra pessoa.
Hoje vamos aprender o quanto Cristo se alegra quando nos colocamos diante dele em favor do próximo.

Introdução / Contexto
O tempo tem passado cada vez mais rápido, e cada ano tem terminado cada vez mais rápido.
No artigo “Dois erros que você já cometeu em 2014” (http://seabravinicius.blogspot.com.br/2014/01/dois-erros-que-voce-ja-cometeu-em-2014.html) Vinicius Guimarães cita o sociólogo Zygmunt Bauman “os tempos pós-modernos sofrem um estado de deformação ao ponto de transformar-se de sólido em líquido, criando assim um mundo instável e de curto prazo”.
A cada ano tem sido um terror para um Pastor. A instabilidade, falta de dedicação e desinteresse das pessoas nesses tempos pós-modernos faz com que os compromissos  fiquem muito fugazes (que é passageiro; efêmero), inconstantes e passageiros.
Lidar com essa instabilidade e compromisso de fast-food de nossa sociedade é complicado.  “Não estou feliz aqui!” “Vou tentar uma coisa nova!” “Não vai dar para continuar a frente disso ou vou entregar essa função porque não estou bem!” São frases comuns em nossos dias. A falta de compromisso e dedicação atinge a família como nunca atingiu antes, nunca tantos casamentos foram desfeitos e rompidos.
Essa inconstância chega também na contribuição. Em comunidades (igrejas) pequenas e cheias de atividades e responsabilidades se você deixa de fazer sua contribuição toda às atividades sofrem e ficam prejudicadas.
ü A questão é que quando as coisas apertam ou quando mudanças ocorrem à igreja sempre é a primeira a ser colocada de lado, abandona-se atividades deixa-se de contribuir regularmente.
ü Pessoa senta faz um compromisso de ajudar, trabalhar, contribuir, servir e cuidar de alguma atividades e num tempo muito curto, sem preparar ninguém para ficar no seu lugar, chega ao Pastor ou líder e tchau.
ü No artigo que citei do Vinicius Ele chama a nossa atenção para dois erros que cometemos no inicio do ano novo.
ü Interessante é que os dois erros que cometemos são de coisas que fazemos pensando em nós mesmos.
ü Vinicius disse o seguinte: “É como se Deus fosse refém de nossos desejos, e a prova disto é que insistimos pela oração que Deus atenda o que projetamos, ou seja, é Ele quem deve se adequar aos nossos projetos.”
ü A grande questão é que não nos mantemos fiéis aos nossos próprios “projetos”, “Planos” e “Decisões”
ü Pessoa inicia um curso superior que iria beneficiar primeiramente a ela mesma e para por “achar muito puxado”, “demora muito” e etc.
ü Quero nessa meditação tentar pensar e buscar uma atitude e fé diferente.
ü Planejar e Buscar, realizações pessoais é muito bom e válido! Casa própria, comprar um Carro ou um Carro melhor, a chegada e o cuidado de um filho, passar num vestibular ou concurso, conseguir um aumento, abrir o próprio negócio, aposentar-se depois de anos de trabalho duro.
ü Mas, quando isso se torna o centro e consome todo o nosso ser, todo o nosso tempo, todos os nossos recursos, aí deixar de ser algo válido e passa a ser um ídolo, um erro e nos afasta do Senhor.
ü Quero nessa meditação tirar nosso umbigo do foco.
ü Precisamos nos libertar desse Evangelho do umbigo ou evangelho egocêntrico.
ü Precisamos do evangelho onde Cristo é o centro e o próximo é tão importante quanto nós mesmos.
ü Precisamos nós colocar diante de Cristo e pedir que Ele conduza e direcione nossos dias, meses, esse ano, o próximo ano e até que Ele volte!    

Contexto da Passagem
Æ O Milagre que vamos meditar tem três características importantes:
1ª É um Gentio (não judeu) oficial Romano que pede;
2ª É o pedido de uma pessoa para outra;
3ª A grande demonstração de fé dessa pessoa que pede impressiona Cristo;
Æ Nessa meditação vamos discorrer sobre dois pontos, ambos relacionados como o centurião.

Reflexão
A atitude do centurião
Ø O Centurião ocupava um cargo básico no império Romano. Porém, era respeitado e por seus soldados e por todas a comunidade de Judeus que vigiava.
Ø Ele comandava um grupo de 100 soldados romanos, daí o nome de sua função de centurião.
Ø Esse homem de cargo importante vai até cristo. Ele deixou seu posto de comando e sua base militar e foi até Cristo.
Ø Esse Centurião vai até Cristo sem uma escolta militar. Ele deixa as formalidades tradicionais da relação entre romanos e judeus e vai até Cristo.
Ø Ele chega em Jesus “Implorando” (RA*), “Suplicando” (KJV*). Se algum soldado quisesse denunciar esse centurião ele seria repreendido ou até punido. Porque um oficial graduado Romano não poderia se sujeitar a um Judeu.
Ø Mas, Esse Centurião foi Implorar, Suplicar e Clamar, mesmo diante de todos que estavam à sua volta, para Cristo.
Ø Esse Centurião não foi até Cristo para:
1.    Pedir por um problema pessoal;
2.    Pedir por uma gratificação no exército Romano;
3.    Pedir a realização de um capricho: Tenda com 10 divisões.
Ø Porém, esse homem faz esse esforço todo, em favor do próximo em favor de outra pessoa.//
Ø Esse centurião vai implorar e suplicar por seu servo. Entenda servo eram escravos.
Ø Esse centurião vai implorar e suplicar por seu escravo. Esse Centurião não tratou seu servo-escravo como algo substituível e sem importância.
Ø Esse Centurião tem muito a nos ensinar! Ele conhece a necessidade do seu Servo-Escravo (V.6): “Senhor, o meu Servo está de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente!”
Ø Esse centurião conhecia e está envolvido no problema grave do seu servo-escravo.
Ø Esse Centurião não seguia, o que Ed René Kivitz disse sobre, a filosofia de vida atual da: “Cultura da Indiferença”
“O que é seu, é seu, o que é meu é meu!”
“Cada um com seus problemas!”
“Você pra mim é problema seu!”
É a postura do “Cada um cuida da sua vida!”
Ø Esse Centurião não vivia nessa cultura da indiferença e egoísmo!
Ø Esse centurião é gente que vive não pra si mesmo, mas vive sua vida percebendo e lutando as lutas e angústias dos que estão à sua volta.
Ø Esse centurião é daquelas pessoas que busca não somente suas realizações e necessidades pessoais, mas se dedica e busca as realizações e necessidades do próximo.  

A Fé do Centurião
      Outro ponto é a fé demonstrada por esse centurião.
      Jesus ficou “admirado” (RA*), “maravilhado” (KJV*), e qualificou ou classificou a fé desse homem (v.10) da seguinte forma: “Digo a vocês a verdade: não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé!”
      Em outras palavras Cristo provavelmente teve a maior demonstração de fé durante seu ministério.
      Mas, O que diferencia a fé desse centurião?
      A fé do centurião é:
  1. De atitude: Agiu, foi até Cristo;
  2. Altruísta: em favor de outro;
  3. Simples: Sem rodeios e sem bajulação;
  4. Humilde: “Não sou digno de que entres em minha casa;...”
  5. Convicta e confiante: “Mas, apenas manda uma palavra, e o meu servo será curado!”
  6. Racional: Conhecia o princípio de autoridade que estava sobre Jesus Cristo.
      O Centurião teve uma fé em Jesus cheia de atitude;
      O Centurião teve uma fé em Jesus em favor do próximo;
      O Centurião teve uma fé em Jesus de forma simples e humilde;
      O Centurião teve uma fé em Jesus sólida e consciente.
      O Centurião buscou com convicção em cristo, que seu servo-escravo fosse abençoado.

Aplicação

1ª Agir individualmente em favor do próximo.
  Cristo tem nos colocado em locais e situações para que o evangelho chegue a outras pessoas, através de nos.
  Cristo tem nos chamado para sermos as boas-novas. Ser a boa-nova em ações práticas e não somente em palavras.
  Deus nos dá todas as condições necessárias para sermos o evangelho do Reino dos Céus.
  Precisamos sair da desculpa vazia do testemunho. Cristo Espera nossas ações e atitudes assim como o Centurião.
  Precisamos assumir nossa responsabilidade pessoal de ser as Boas-novas.

2ª Fé em Cristo.
      Precisamos viver uma fé de atitudes e menos de palavras;
      Precisamos viver uma fé mais altruísta (voltada para o próximo) e menos voltada para nós mesmos; EXEMPLO: Não temos em nossas igrejas a Campanha: “21 dias para a vitória do irmão”;
      Precisamos viver uma fé mais simples e humilde, descomplicar a nossa espiritualidade;
      Precisamos viver uma fé mais convicta e confiante em Cristo, e menos influenciada em conhecimentos seculares, filosofias e suposições externas; uma fé mais Bíblica!
      Precisamos viver uma fé mais racional e relacional, e menos mística e mágica;
      Precisamos viver uma fé dependente de Cristo, e menos dependente de nós, da nossa força, dos nossos bens materiais, da nossa formação, da nossa denominação, ou de qualquer outra coisa fora de Cristo.
      Precisamos viver uma fé em Cristo, de Cristo e para Cristo.

3ª Agir com Fé em Cristo em favor dos paralisados em sofrimento à nossa volta.
      Hoje existem muitos paralisados À nossa volta;
Paralisados:
1- Emocionalmente;
2- Economicamente;
3- Espiritualmente;
4- Fisicamente;
5- Paralisados Conjugais;
6- Paralisados Vocacionais. 
      Cristo está nos chamando a agir em favor das pessoas paralisadas e em sofrimento à nossa volta.
      Cristo nos chama a ouvir e agir em favor dos paralisados à nossa volta.
      Cristo Espera que sejamos seus pés, seus braços, suas mãos, seus ombros, seus olhos, seus ouvidos e sua boca, para as pessoas à nossa volta em sofrimento e paralisados na vida.

Conclusão:
®  Ano passado morreu Nelson Mandela. Ele era de família importante entre os negros de seu país, mas, ficou preso injustamente por quase 30 anos, num cubículo minúsculo.
®  Mandela foi preso por quase duas décadas por enfrentar o sistema de segregação e apartheid.
®  Nessa meditação o que mais me chamou atenção é que O Centurião aponta para Cristo.
®  O Centurião deixou o status do seu cargo e foi a até Cristo com simplicidade e humildade pedir pelo seu servo-escravo que estava sofrendo com uma terrível paralisia.
®  Cristo nosso maior e mais importante exemplo deixou seu Lar, Sua Família (seu Pai), sua glória, se esvaziou, se humilhou se tornando um humano – Ele sendo divino, e assumiu nossa dívida, nosso pecado, nossa maldição.
®  Cristo olhou para o Centurião e sentiu muita alegria por ver alguém agindo como Ele.
®  Que possamos agir como Mandela, como o Centurião e principalmente como Cristo.
®  Olhar menos para nós mesmos e mais para os paralisados em sofrimento à nossa volta.

Vamos orar...



RA=Bíblia Versão Revista e Atualizada Padre João Ferreira de Almeida
KJV=Bíblia Versão King James 

Nenhum comentário:

Postar um comentário